Passam hoje 12 dias desde que fui verbalmente despedido de O Primeiro de Janeiro, tal como os restantes 31 camaradas de redacção e ainda alguns administrativos. Curiosamente, sou dos poucos, senão o único, dos descartados - perdeu-se o contacto com alguns camaradas (espero que não se ofendam) perdidos num incompreensível (ou talvez não) silêncio - que ainda não fui efectivamente despedido, pois nem sinal da carta de despedimento e respectivo documento para entregar no Centro de Emprego.
Razão? Uma vez mais, perfeitamente surrealista.
Depois de descobrir que a morada da sede da Sedico, até ao dia do despedimento (31 de Julho), é um stand de automóveis usados que está fechado há cerca de dois anos e onde a mesma nunca funcionou, sou confrontado por uma secretária da Administração que a minha carta tinha sido enviada para a morada da casa onde vivi há 13 anos (já vivi em outras duas moradas depois disso)... Isto apesar de em 2007 a ficha de funcionário ter sido actualizada. Será que o foi realmente?
Após dirigir-me à Rua de Santa Catarina, onde efectivamente sempre funcionou a Administração da empresa para a qual na realidade sempre trabalhei (Fólio), constatei que 12 dias depois a empresa ainda não tinha dado pela não entrega da carta.
Porquê? Porque na Rua do Taralhão, onde a partir do dia 1 de Agosto passou a ser a morada da (des)dita Sedico, ninguém vai desde segunda-feira, amontoando-se os recibos das cartas registadas já entregues... e quiçá das devolvidas, como a minha.
Resumindo, de macacada em macacada, de desorganização em falta de competência estou há 12 dias para meter os papéis para o subsídio de desemprego, com salários em atraso e sem ter conseguido gozar um único dia de férias.
Em contrapartida, estou seguro que há por aí um qualquer empresário, dito de sucesso pelo Governo, que já terá as malas prontas para rumar a um qualquer Porto Seguro, como é habitual por esta altura do ano.
Aos melómanos, a quem este blogue é especialmente dedicado, as minhas desculpas, mas "Há dias assim" (Rádio Macau)... E alterando ligeiramente o refrão do fabuloso «Amor-Combate», dos Linda Martini, digo apenas: "O chão que pisas JÁ NÃO sou eu".
P.S. A falta que o Bogas (na foto) me faz para pôr uns quantos na ordem!...
1 comentário:
camarada: a luta é dura mas no fim vamos prevalecer. e ainda nos vamos juntar numa jantarada a comemorar a vitória sobre o «empresário modelo». e seja bem-vindo à blogosfera meu caro espada...
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