quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Diário de um descartado III

E ao 14.º dia a carta de despedimento não chegou.
Isto é, a pouca vergonha, a incompetência, a irresponsabilidade, a falta de sensibilidade para com a condição do outro continuam.

Este post bem podia intitular-se «Diário de um desencartado».

Não recebida a dita, dirigi-me, uma vez mais, à sede da Administração, na Rua de Santa Catarina, no Porto - onde sempre fui tratar do que tinha que tratar com a empresa e não às moradas fantasmas de Gondomar que aquela exibe -, e, uma vez mais, não consegui falar cara a cara com a secretária da Administração, a pessoa que tem feito, mais ou menos, a ponte entre os despedidos e a empresa, porque também nunca sabe nada para nos dizer.

Mas por telefone, cumpri o meu objectivo, que era tão simplesmente dizer-lhes que INCOMPETÊNCIA TEM LIMITE. E quando está em causa a sobrevivência de uma pessoa esse limite deveria ser mais apertado.

Corrigida a minha morada já na quarta-feira - já o tinha sido antes, ainda eu estava na redacção de O Norte Desportivo, agora de o Janeiro - hoje já devia ter a carta de despedimento na mão. Mas não. A incompetência grassa, cresce e ninguém faz nada. A ver vamos...

Agora, segue-se um fim-de-semana prolongado e a minha entrada no Centro de Emprego é retarda, pelo menos, mais três dias, que em termos práticos para subsídios é mais um mês.

Incomodado quem me colocou, como aos demais 33 camaradas de trabalho, nesta situação? Não creio, pois quem tem que se preocupar com a prestação da casa, alimentação, contas para pagar e tudo o mais sou eu e só eu, até porque moro sozinho. Mas o que diz isto a quem já está ou se prepara para ir de férias, quiçá com o dinheiro que me está a dever e aos outros 33?
Caso não consiga pagar as prestações do apartamento, deverei mudar-me para a sede/residência (inabitada) da gerência da Folha Cultural, na Rua Fernandes Tomás? Diga-se que o gerente desta empresa, mais um fio dessa enorme teia, é a mesma pessoa que preside à União Desportiva Oliveirense e que sempre tive como patrão tanto n'O Norte Desportivo, como n'O Primeiro de Janeiro: Eduardo Oliveira Costa.



"CADA VEZ Destilo MAIS ódio"...


P.S. A falta que o Bogas me faz!...

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