sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O poder de se ser sexy


Não me cansei, de facto, de ver e ouvir os (e não as) Cansei de Ser Sexy, ontem no Teatro Sá da Bandeira. O espectáculo foi bom e poderoso e não fosse a qualidade do som (muito agressivo, talvez) e teria sido ainda melhor.
Bem, mas o som deu logo problemas à segunda música do alinhamento, quando, pura e simplesmente, se calou. E logo quando íamos «Meeting Paris Hilton»!... Bem, mas Lovefoxx, a vibrante vocalista do grupo brasileiro, avisou logo que a banda ia tocar tudo de novo: "Todo o mundo tira a roupa, ninguém é de ninguém".
E, assim, encontramo-nos com a diva das páginas cor-de-rosa... duas vezes.
Brincadeiras à parte, os Cansei de Ser Sexy protagonizaram um concerto muito forte e enérgico. Sim, energia não faltou, com os músicos a debitarem som à força toda. Do outro lado, na plateia já se saltava desde os primeiros acordes de «Jager Yoga», tema que abre o novo álbum («Donkey») e abriu a actuação.
O pessoal sabia ao que ia e teve nos X-Wife, que fizeram a primeira parte, o devido aquecimento, pelo que a recepção aos CSS foi de braços abertos. Depois, Lovefoxx também não dá muitas hipóteses de ser de outra forma.
Recuperada, também, toda a energia eléctrica em palco - a iluminação foi recuperada ao terceiro tema -, Lovefoxx, Adriano Cintra (baixo), Luiza Sá (guitarra), Ana Rezende (guitarra e teclados), Carolina Parra (guitarra) e Jon Harper (bateria) apresentaram finalmente os seus novos temas aos portugueses.
Foi meio por meio o concerto, tendo-se ouvido oito temas do novo álbum e sete do disco de estreia homónimo.
Mas a verdade é que com uns ou com outros a energia no teatro Sá da Bandeira não teve mais quebras. Nem a energia eléctrica, nem a energia que os músicos transmitiam ao público e recebiam de uma plateia repleta, divertida e entusiasta.
O poder sonoro vindo do palco, cheio de balões brancos, era intenso, mas a voz e os meneios de Lovefoxx davam um toque glamouroso ao cenário... visual e musical.
«Alcohol» - "A nossa canção de amor", como referiu a vocalista - deu entrada a «Let's reagge all night», tema que fechou a actuação, num ponto em que o «encore» nem se questionava.
Aí, a coisa transbordou. «Air painter», do novíssimo «Donkey», deu o embalo, para de seguida o Teatro Sá da Bandeira se transformar numa enorme pista de dança... com bola de espelhos e tudo.
«Let's make love and listen to Death From Above» levou o público ao delírio, numa natural comunhão entre plateia e palco, que terminou com «Alala», outro tema do álbum de estreia.
Para trás tinha ficado um boa, mas demasiado curta e iniciada demasiado cedo, actuação dos portuenses X-Wife. Está bem que é a primeira parte, mas... soube a pouco.
João Vieira e seus pares mostraram estar em forma, ter os temas bem afinados para os palcos e, por isso, não é difícil conquistarem as assistências. Com a plateia a apresentar-se já composta, os X-Wife quiseram saber quem estava preparado para o apagão, que viria a acontecer depois no concerto dos CSS.
E ninguém se cortou às broncas, acompanhando a banda no seu rock intenso, desenhado pelos teclados de Rui Maia e marcado pelo baixo de Fernando Sousa e pela bateria de Nuno Oliveira.
Um concerto em que ofereceram um punhado de canções do novo «Are You Ready for the Blackout?», encerrado com o primeiro grande êxito da banda: «Rockin' Rio».
Os X-Wife provaram, na breve meia-hora em que estiveram em palco, que têm rock que chegue para levar o Sá da Bandeira ao rubro.

Alinhamento Cansei de Ser Sexy:

Jager Yoga
Meeting Paris Hilton
This Month, Day 10
Left Behind
Off the hook
Rate is dead (rage)
Move
Music is my hot hot sex
Give up
I fly
Alcohol
Let's reagge all night

Air painter
Let's make love and listen to Death From Above
Alala

Alinhamento X-Wife:

Fantasma
Summertime death
Eno
Ping-pong
Fireworks
On the radio
Rockin' Rio

*Servicinho completo...

1 comentário:

FPM disse...

Quando comecei a ler sobre os problemas de som, pensei que se tratava de mais um concerto no Batalha.

Kimmo, grandioso, amanhã, se o trabalho te permitir. abraço