quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Devoção inabalável

Sem mais demoras, porque mais de um mês sem nada «postar» é tempo de mais.
Por isso, aqui vai...

Já não é de agora que se sabe que a relação entre o público português e os dEUS é grande, íntima e (parece) inabalável. O pessoal gosta deles e eles parece, cada vez mais, gostarem do pessoal.
Depois de no domingo terem arrasado na Aula Magna, em Lisboa, ontem, na Invicta, Tom Barman e seus companheiros puxaram dos galões e voltaram a protagonizar uma extraordinária actuação.
Alternando temas mais intimistas com outros de completa libertação sonora, que levaram o público ao rubro, os belgas deram nova prova de adorar Portugal e os portugueses, mantendo-se em palco durante quase duas horas.
Perante um Teatro Sá da Bandeira lotado, os dEUS entraram a todo o gás, conquistando de imediato a plateia.
Como seria de esperar, a actuação foi bastante diferente da enérgica e alucinante performance de Paredes de Coura, mas a espaços ainda roçou a loucura que foi o concerto de Agosto último, com as guitarras a liderarem de forma acutilante os momentos mais pujantes da noite.
O espaço convidava e os dEUS optaram por diversos momentos bastante intimistas, tocando temas bem calmos, que mantiveram o público na expectativa por momentos mais explosivos, sem que, no entanto, não se deliciasse com o que se ouvia.
Executantes exímios, os dEUS têm em Tom Barman um líder que sabe cativar a plateia. E a prova que a relação entre os dEUS e os portugueses é excelente foi o momento em que o vocalista repreendeu o público pelo "mau hábito" que tem de, por tudo e por nada, acompanhar o que vem do palco com palmas. Bendito sejas, Tom Barman!
Apesar das «milhentas» vezes que a banda belga toca entre nós, o público não se cansa, nem tem razões para tal, pois os dEUS sabem como satisfazer quem gosta da música que fazem. Ontem no Sá da Bandeira isso ficou uma vez mais provado.
Alinhamento:
When she comes down
Stop-Start nature
Instant Street
Fell off the floor, man
Slow
Smokers reflect
Turnpike
The architect
Favourite game
Nothing really ends
Bad timing
Little arithmetics
If you don't get
Suds and Soda
-------
Magdalena
Oh your God
Roses
Morticia

4 comentários:

Unknown disse...

Obrigado pelo alinhamento :)
De qualquer das formas falta aí a Serpentine, What We Talk About e Pocket Revolution ;)

simages disse...

Andas muito belga nestes últimos postais..., mas saúdo o regresso à critica musical que muito bem sabes malhar. E claro, inovação em Portugal, com os alinhamentos, por vezes, bem sei, sacados a muito custo. Já deves estar em contagem decrescente para aquelas meninas brasileiras pós-adolescentes...

Paula disse...

respondendo a(0) blacknail essas musicas fizeram parte do alinhamento que os musicos (em especial o Tom) estavam tanto ou mais anestesiados que nós :P Porque o alinhamento previsto foi o que está postado lol

E não há duvidas que dos 12 concertos que já vi deles este para mim só não supera aquela celebre noite de 24 de Abril de 96 na aula magna :))

Unknown disse...

Era este o alinhmento que estava nas folhas?

Entretanto, segundo o ISufferRock o alinhamento completo foi este:

When She Comes Down
Stop-Start Nature
Instant Street
Fell Off the Floor, Man
Slow
Smokers Reflect
Theme from Turnpike
The Architect
Favourite Game
Nothing Really Ends
Bad Timing
Little Arithmetics
If You Don't Get What You Want
Suds and Soda
Oh Your God
Magdalena
Serpentine
---
For the Roses
Pocket Revolution
What We Talk About (When We Talk About Love)
Morticiachair