quinta-feira, 5 de março de 2009

Entre vampiros e Zoetrope

Sábado passado - é verdade, este é mais um post que chega aqui atrasado... mas mais vale tarde do que nunca - a noite foi boa, longa e intensa. O Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, encheu-se para assistir a Zoetrope, espectáculo dos Micro Audio Waves nascido da colaboração com Rui Horta. Depois da estreia no Porto, que dei conta neste blog, Zoetrope tem andado e continuará em périplo pelo País, mas também algumas cidades da Europa - a última foi Frankfurt - têm recebido entusiasticamente o espectáculo multimédia com banda-sonora original e tocada ao vivo pela banda de Cláudia Efe, Flak e C. Morg. Em abono da verdade diga-se que as várias apresentações têm aprimorado a performance. Pouco depois de terminada a actuação dos Micro Audio Waves em Guimarães, tinha início no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, a festa de encerramento do Fantasporto'09, o já incontornável Baile dos Vampiros.
Os Clã foram a única banda a actuar este ano, protagonizando um concerto interessante, no qual a banda de Manuela Azevedo, que surgiu com um visual muito radical e vampiresco, a interpretar algumas versões, como por exemplo de Marilyn Manson, entre outras.A empatia entre a banda e a plateia, que se apresentava simplesmente composta, era grande, de tal forma que os Clã regressaram por três ocasiões ao palco, terminando com uma performance protagonizada por Vítor Hugo Pontes, que assim rendeu Manuela Azevedo na frente da banda. Seguiu-se Dj Kitten cujo set não foi, de facto, o que de melhor aconteceu ao Baile naquele momento. Apesar das boas malhas que escolheu para tocar, Dj Kitten não conseguiu fazer com que a massa humana invadisse a plateia do Sá da Bandeira, àquela altura já transformada em pista de dança. Com umas tentativas, primeiro frustradas, de animar as hostes, surgiu em palco um quarteto de percussão. Os 4Drums marcam ritmo em bidões - ao melhor estilo dos Stomp - enquanto pelo PA são debitados temas de dance music bastante forte. Não entusiasmaram.
Seguiu-se o galego Dj Nacho, disc-jockey da velha guarda, e que demonstrou que quem sabe nunca esquece e quem é bom é... bom. Nacho soube reconquistar o público e conseguiu (re)encher a improvisada pista de dança do velho teatro portuense.
Já o dia nascia, subia ao palco Dj Luís Machado, que no momento mais difícl da noite conseguiu ainda segurar uma bela porção do público.
Três discos depois, e apesar de estar a apreciar o trabalho de Machado, fui dar descanso ao esqueleto.

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